A sentença n. 26557 de 2024, proferida pelo Tribunal de Apelação de Nápoles, foca-se num aspeto crucial do direito penal italiano: a disciplina das penas substitutivas e a sua interação com o benefício da suspensão condicional da pena. Esta decisão oferece importantes reflexões para advogados e profissionais da área, mas também para os cidadãos interessados em compreender as implicações das normas em matéria de sanções penais.
A lei de 24 de novembro de 1981, n. 689, introduziu importantes alterações ao sistema sancionatório italiano, em particular com o artigo 61-bis, que trata das penas substitutivas das penas de prisão curtas. No entanto, como salientado pela sentença em questão, esta norma prevê a exclusão da cumulabilidade com o benefício da suspensão condicional da pena. Isto significa que, na presença de penas substitutivas, não é possível solicitar também a suspensão condicional, criando uma situação de rigidez para os arguidos.
Penas substitutivas de penas de prisão curtas - Art. 61-bis lei de 24 de novembro de 1981, n. 689 - Cumulabilidade com o benefício da suspensão condicional da pena no caso de aplicação em processos pendentes em primeira instância ou em grau de recurso - Exclusão - Disposição menos favorável em comparação com a normativa anterior - Existência. Em tema de penas substitutivas de penas de prisão curtas, a disposição de que trata o art. 61-bis lei de 24 de novembro de 1981, n. 689, que exclui a sua cumulabilidade com a suspensão condicional da pena e que, em virtude da norma transitória de que trata o art. 95 d.lgs. 10 de outubro de 2022, n. 150, é aplicável também em relação a processos penais pendentes em primeira instância ou em grau de recurso, deve ser considerada menos favorável em comparação com a que integra o regime anterior, que previa, pelo contrário, a cumulabilidade com o referido benefício, caso as sanções alternativas fossem concretamente aplicáveis.
Esta máxima esclarece que a disposição atual é considerada menos favorável em comparação com o regime anterior, o qual permitia a cumulabilidade das penas substitutivas com a suspensão condicional. Este aspeto é de particular relevância, pois implica que os sujeitos já envolvidos em processos penais pendentes não podem beneficiar de uma norma mais vantajosa do que a atualmente em vigor, criando uma situação de disparidade em relação a quem se encontra a enfrentar um futuro processo penal.
Em conclusão, a sentença n. 26557 de 2024 representa um importante passo na jurisprudência italiana relativa às penas substitutivas e à suspensão condicional da pena. A sua aplicação levanta questões sobre a justiça e a equidade do sistema sancionatório, exigindo atenção constante por parte dos operadores do direito.
A questão das penas substitutivas e da sua cumulabilidade com a suspensão condicional da pena continua a ser um tema quente no panorama jurídico italiano. É essencial que os profissionais da área continuem a acompanhar a evolução destas normas e das respetivas sentenças, para garantir uma defesa adequada e informada para os seus assistidos.