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Análise da Sentença n. 20877 de 21/03/2023: Contraste entre dispositivo e motivação em fase executória | Escritório de Advogados Bianucci

Análise da Sentença n. 20877 de 21/03/2023: Contraste entre dispositivo e motivação em fase executória

A sentença n. 20877 de 21 de março de 2023, proferida pelo Tribunal de Apelação de Catanzaro, aborda um tema crucial no direito penal: o contraste entre o dispositivo e a motivação de uma sentença e as suas respetivas implicações na fase executória. Esta decisão representa um importante esclarecimento sobre como devem ser geridos eventuais contrastes entre as duas partes de uma sentença, especialmente quando não tenham sido levantados na fase de cognição.

O Contexto Jurídico da Sentença

O Tribunal, presidido por A. Tardio e com relator V. Galati, estabeleceu que o contraste entre o dispositivo lido em audiência e a motivação, se não deduzido na fase de cognição, não pode ser relevado na fase executória com um pedido de correção de erro material. Este princípio fundamenta-se numa sólida interpretação das normas do Novo Código de Processo Penal, em particular os artigos 125, 130 e 544, que disciplinam respetivamente a forma da sentença, a motivação e os efeitos da própria sentença.

A Máxima da Sentença

Contraste entre dispositivo e motivação - Relevância na fase executória com pedido de correção de erro material - Exclusão. O contraste entre o dispositivo lido em audiência e a motivação, não deduzido na fase de cognição, não pode ser relevado na fase executória com o pedido de correção de erro material.

Esta máxima evidencia a importância da fase de cognição no processo penal. Se uma parte não levantar o contraste durante o julgamento, não poderá fazê-lo posteriormente em fase executória. Isto sublinha a necessidade de uma defesa atenta e tempestiva, que não deixe espaço a contestações tardias.

Implicações e Referências Normativas

As implicações desta sentença estendem-se para além do caso específico, tocando a questão da eficácia da motivação e da certeza do direito. Para os advogados e para os arguidos, é fundamental compreender que a fase de cognição é a última oportunidade para contestar eventuais erros ou discrepâncias. As normas invocadas pelo Tribunal, em particular os artigos 545 e 546, evidenciam a necessidade de uma correta e completa exposição das motivações por parte do juiz, mas também a responsabilidade das partes em fazer valer as suas razões em tempo útil.

  • Artigo 125: Forma da sentença.
  • Artigo 130: Motivação da sentença.
  • Artigo 544: Efeitos da sentença.
  • Artigo 545: Correção de erros materiais.

Conclusões

A sentença n. 20877 de 2023 representa um importante ponto de referência para a jurisprudência penal. Esclarece que os contrastes entre dispositivo e motivação não podem ser removidos em fase executória se não tiverem sido abordados em sede de cognição. Este princípio não só protege a certeza do direito, mas também convida os advogados e as partes envolvidas a prestarem atenção às suas defesas, garantindo assim um processo justo e ordenado.

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