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Acórdão n. 33652 de 2023: Fuga e Periculosidade Social no Direito Penal | Escritório de Advogados Bianucci

Acórdão n.º 33652 de 2023: Fuga e Periculosidade Social no Direito Penal

O acórdão n.º 33652 de 6 de julho de 2023 do Supremo Tribunal de Cassação representa uma importante tomada de posição sobre a avaliação da periculosidade social de um indivíduo em relação à sua fuga. Com esta decisão, o Tribunal aborda uma questão crucial para o direito penal italiano: como deve ser interpretada a fuga no contexto das medidas de prevenção?

O Contexto do Acórdão

No caso específico, o arguido, G. A., estava sujeito a medidas de prevenção devido à sua longa fuga. O Tribunal de Apelação de Reggio Calabria declarou inadmissível o pedido de revogação das medidas, argumentando que a fuga prolongada era indicativa de uma periculosidade social atual. Este princípio é fundamental, pois estabelece uma ligação direta entre o comportamento de um sujeito e o risco que ele representa para a sociedade.

A Máxima do Acórdão

Fuga de longa duração - Relevância para a atualidade da periculosidade social - Existência. A atualidade da periculosidade social do proposto à medida de prevenção pode ser logicamente deduzida da sua fuga de longa duração, considerada possível em consequência de uma rede de apoios referíveis a grupos criminosos organizados e eficientes, com os quais é racional presumir que o mesmo esteja em contacto. (Conf.: n.º 3175 de 1995, Rv. 202145-01).

A máxima aqui apresentada realça como a fuga não é apenas um elemento de fuga da justiça, mas pode também ser interpretada como um indicador de uma rede de apoio que o fugitivo pode ter com grupos criminosos. Esta dedução é fundamental para compreender o risco que um sujeito fugitivo pode representar para a comunidade. O Tribunal, citando um acórdão anterior, sublinha a importância de tais ligações na avaliação da periculosidade social.

Implicações do Acórdão

Este acórdão tem várias implicações para o sistema jurídico italiano. Em primeiro lugar, destaca a necessidade de uma avaliação mais atenta e rigorosa da periculosidade social nos casos de fuga. Além disso, sugere que a simples ausência do sujeito do território não pode ser vista como um fator isolado, mas deve ser contextualizada dentro de um quadro mais amplo de relações e comportamentos.

  • Reforço das medidas de prevenção para os fugitivos.
  • Necessidade de monitorização das redes de apoio dos fugitivos.
  • Possibilidade de medidas mais severas contra sujeitos com ligações a grupos criminosos.

Conclusões

O acórdão n.º 33652 de 2023 marca um passo importante no reforço das medidas de prevenção no direito penal italiano. O Supremo Tribunal de Cassação, enfatizando a ligação entre fuga e periculosidade social, oferece perspetivas relevantes para a reflexão jurídica e para a formulação de políticas mais eficazes contra a criminalidade organizada. É fundamental que o sistema jurídico continue a evoluir para enfrentar os desafios colocados pela criminalidade moderna, assegurando ao mesmo tempo o respeito pelos direitos fundamentais dos indivíduos.

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