Reconhecer ser vítima de violência económica é muitas vezes o primeiro e mais difícil passo. Trata-se de uma forma de abuso subtil, que não deixa marcas visíveis mas que corrói lentamente a autonomia, a dignidade e a segurança de uma pessoa. Este tipo de controlo financeiro pode manifestar-se de muitas formas dentro de uma relação familiar, criando uma dependência forçada e um profundo estado de vulnerabilidade. Como advogado especialista em direito de família em Milão, o Dr. Marco Bianucci aborda estas complexas dinâmicas com a máxima confidencialidade e competência, fornecendo os instrumentos legais para interromper o abuso e reconstruir a sua independência.
Embora não exista uma lei única que defina a "violência económica", o nosso ordenamento jurídico oferece múltiplos instrumentos de proteção. A Convenção de Istambul, ratificada pela Itália, reconhece-a explicitamente como uma forma de violência de género, definindo-a como qualquer ato que provoque ou possa provocar um dano económico, incluindo a privação de recursos financeiros. Esta conduta pode integrar tipificações criminais como maus-tratos em família (art. 572 c.p.) ou violação dos deveres de assistência familiar (art. 570 c.p.), mas encontra proteção sobretudo no âmbito civil, em particular nos processos de separação e divórcio.
As manifestações concretas do controlo financeiro são variadas e muitas vezes disfarçadas de uma suposta "gestão familiar". Entre as mais comuns incluem-se impedir o parceiro de trabalhar, apropriar-se do seu salário, limitar o acesso às contas bancárias, contrair dívidas em nome do outro sem o seu conhecimento ou negar os recursos necessários para o sustento dos filhos e da casa. Reconhecer estes comportamentos não como simples desentendimentos conjugais, mas como verdadeiros abusos económicos, é fundamental para poder agir legalmente.
A abordagem do Dr. Marco Bianucci, advogado familiarista em Milão, baseia-se numa análise meticulosa da situação patrimonial e relacional da família. O primeiro objetivo é recolher as provas necessárias para demonstrar o controlo e o abuso: extratos de conta, documentação relativa a dívidas, mensagens, e-mails e testemunhos podem compor um quadro probatório sólido. A estratégia nunca é padronizada, mas construída à medida das necessidades específicas da pessoa assistida.
A nossa ação concentra-se em dois eixos principais. Por um lado, visamos obter medidas imediatas de proteção através dos instrumentos de urgência previstos na lei, como as ordens de proteção contra abusos familiares, que podem impor ao autor da violência que cesse a conduta e que pague uma pensão periódica. Por outro lado, construímos uma estratégia a longo prazo no âmbito de um eventual processo de separação ou divórcio, para que a violência económica sofrida seja devidamente considerada pelo juiz na determinação da pensão de manutenção e na eventual atribuição da culpa na separação.
A prova da violência económica baseia-se na recolha de documentos e testemunhos. É fundamental guardar extratos bancários que mostrem levantamentos injustificados ou a ausência de depósitos, contratos de crédito em seu nome não autorizados, comunicações escritas (e-mails, mensagens) em que lhe são negados recursos ou em que é exercido um controlo. Testemunhos de amigos, familiares ou profissionais que conheçam a sua situação também podem ser determinantes.
Depende da gravidade e da natureza das condutas. Comportamentos continuados de controlo, humilhação e privação podem configurar o crime de maus-tratos em família. A falta de prestação dos meios de subsistência pode constituir o crime de violação dos deveres de assistência familiar. Uma análise legal aprofundada do caso, realizada por um advogado especialista, é necessária para estabelecer se existem os pressupostos para uma denúncia criminal além da ação civil.
Absolutamente sim. Durante um processo de separação, o juiz estabelece as medidas económicas, incluindo a pensão de manutenção para o cônjuge economicamente mais fraco e para os filhos. Provar que sofreu violência económica é um elemento crucial que pode influenciar fortemente a decisão do juiz sobre o montante da pensão e sobre a necessidade de dispor de um pagamento provisório e urgente logo nas primeiras fases do processo.
Os processos para ordens de proteção contra abusos familiares são concebidos para serem rápidos, dada a urgência de proteger a vítima. Após o depósito do requerimento, o tribunal marca uma audiência em prazos curtos, geralmente dentro de poucas semanas. Se o juiz considerar fundado o perigo, pode emitir a ordem imediatamente, mesmo provisoriamente, para garantir uma proteção atempada.
Reconhecer e enfrentar a violência económica é o primeiro passo para reconquistar a sua autonomia e serenidade. É uma situação delicada que requer uma assistência legal competente, estratégica e, ao mesmo tempo, empática, capaz de compreender as dinâmicas psicológicas que muitas vezes acompanham as financeiras. A proteção dos seus direitos e do seu futuro económico é uma prioridade que não pode ser adiada.
Se se considera vítima de controlo financeiro ou abusos económicos, contacte o Escritório de Advocacia Bianucci, com sede em Milão. O Dr. Marco Bianucci, com a sua consolidada experiência como advogado especialista em direito de família, pode fornecer-lhe o apoio necessário para analisar a sua situação e definir a estratégia legal mais eficaz para proteger os seus direitos e a sua independência.