A sentença n. 13404 de 14 de fevereiro de 2024, depositada em 3 de abril de 2024, oferece importantes esclarecimentos sobre a posição processual dos co-investigados em relação às medidas cautelares. Em particular, a Corte rejeitou o recurso para revisão das medidas, sublinhando como a autonomia da posição de cada co-investigado é um princípio fundamental no direito penal italiano.
A Corte, presidida por E. D. S. e com relator V. P., reiterou que cada co-investigado ou co-réu deve ser avaliado individualmente. Isso está em linha com o art. 274 do código de processo penal, que estabelece que as exigências cautelares devem ser examinadas considerando não apenas o contributo material ou moral de cada indivíduo, mas também a sua personalidade. Em outras palavras, a avaliação não pode ser um simples automatismo, mas deve ter em conta as especificidades de cada caso.
Perigo de reincidência – Posição processual dos co-investigados – Autonomia – Razões. Em tema de exigências cautelares, a posição processual de cada co-investigado ou co-réu é autónoma, uma vez que a avaliação a ser expressa ex art. 274 cod. proc. pen., com particular atenção ao perigo de reincidência, funda-se, além da diversa entidade do contributo material e/ou moral assegurado por cada um dos concorrentes à realização do ilícito, também em perfis estritamente atinentes à personalidade do singular, pelo que pode resultar justificada a adoção de regimes diferentes, mesmo perante a contestação de um mesmo facto de crime.
Esta decisão tem importantes implicações para a prática judicial. A Corte esclareceu que as medidas cautelares não devem ser aplicadas de forma uniforme a todos os co-investigados, mas devem ser diferenciadas com base em critérios específicos. Isso significa que, mesmo que vários sujeitos sejam acusados do mesmo crime, as suas situações pessoais e os contributos específicos podem justificar medidas diferentes. Este princípio é fundamental para garantir um justo processo e a tutela dos direitos individuais.
A sentença n. 13404 de 2024 representa um passo em frente na tutela dos direitos dos co-investigados, evidenciando a importância de uma análise individual em contextos de responsabilidade partilhada. Num sistema jurídico que reconhece a autonomia da posição de cada arguido, favorece-se uma abordagem mais equitativa e justa, evitando generalizações que poderiam lesar os direitos de alguns em nome da coletividade. É essencial que os profissionais do direito considerem estas indicações na sua prática quotidiana para garantir uma defesa eficaz e conforme às normas.